Desconsiderando a relevância do diálogo com a categoria de professores sobre temas relativos à Educação pública de Olinda, a Prefeitura do Município continua impondo autoritariamente a EaD na rede, de maneira improvisada, menosprezando a conjuntura de uma epidemia mundial que já ceifou a vida de mais de 12 mil brasileiros, destes sendo mais de mil só no estado e 91 em Olinda, de acordo com os dados oficiais até terça-feira (12). A Secretaria de Educação de Olinda age como se não soubesse que o respeito à dimensão emocional humana é condição essencial ao processo de ensino aprendizagem. É incabível e desumano pressionar professores e estudantes para a produção de conhecimentos em meio a uma tragédia social dessa magnitude.
Além disso, já citamos em nota pública anterior, a impossibilidade de garantia do acesso de professores e estudantes à plataforma digital que a SEEJ propõe, pois não há estudos científicos que garantam que este público tem acesso às TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), à internet com velocidade e quantidade de dados adequados, ou mesmo habilidade de uso dessas tecnologias, todos estes fatores essenciais para a execução da proposta de aulas remotas. Advertimos que as aulas não presenciais jamais substituirão as aulas presenciais, além de, implantadas desta maneira, irem contra os princípios constitucionais de equidade, universalidade e qualidade da Educação pública.
É inadmissível que a mesma prefeitura que nega o reajuste dos aposentados, mesmo depois de ter se comprometido em mesa de negociação com o SINPMOL, tenha dinheiro para contratar uma assessoria como o Instituto LEMANN, deixando assim os aposentados ao relento e enriquecendo ainda mais os empresários da educação.
O SINPMOL há tempos busca por respostas da Prefeitura de Olinda sobre a implantação das aulas não presenciais, mas até agora nada. Como a gestão municipal suspendeu o atendimento presencial, a diretoria do SINPMOL já protocolou um ofício solicitando esclarecimentos. Caso a Prefeitura permaneça sem nos dar retorno, o SINPMOL buscará respostas através da Justiça. Nós, professoras e professores do Sindicato, não vamos desistir nem nos silenciar! Seguimos na luta por uma educação equânime!