Precisamos falar sobre diversidade. No Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, a educação tem motivos que fortalecem a luta! Mês passado, o STF julgou inconstitucional o programa Escola Sem Partido, formado por uma ideologia preconceituosa e que proíbe o debate sobre questões de gênero e sexualidade nas escolas, ferindo os princípios de promoção aos direitos humanos e atacando a liberdade de cátedra.
A segunda conquista que o sindicato tem para compartilhar aconteceu esta semana. Pessoas LGBTs passaram a ter o direito de doar sangue. O STF considerou as regras da Anvisa e do Ministério da Saúde discriminatórias. Uma decisão histórica para o movimento, que busca pelo direito de exercer a cidadania e solidariedade.
Ainda há muito para alcançar. Por causa do fracasso do Escola Sem Partido, na terça-feira, dia 12, o presidente Bolsonaro informou que enviará para o Congresso um projeto de lei federal contra a “ideologia de gênero” no ensino fundamental. Essa teoria da conspiração sob a alcunha de “ideologia de gênero” pretende criminalizar a prática docente, ao defender que o diálogo sobre gênero/sexualidade se trata de uma ideologia, omitindo todo o estudo acadêmico-filosófico desenvolvido a respeito do tema. A problematização sobre a representação de grupos socialmente oprimidos em práticas pedagógicas; os questionamentos sobre as desigualdades de gênero, a luta pela visibilidade, equidade e respeito à diversidade sexual e às várias concepções de família são conceitos que encontram fundamentação constitucional e legal em documentos oficiais que regulamentam a educação brasileira, além de estarem profundamente atrelados a princípios democráticos e ético-sociais.
O Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo, com a média de uma morte a cada 23 horas, de acordo com pesquisa do Grupo Gay da Bahia. Nesse momento de isolamento social, as pessoas LGBTs estão enfrentando grandes dificuldades em suas casas, pois muitas sofrem violência da própria família.
O país está sendo guiado por um ser preconceituoso e autoritário. O SINPMOL é contra o retrocesso e qualquer expressão ditatorial. Nós do sindicato defendemos a democracia e vemos na educação o meio de formar uma sociedade mais justa e igualitária.